segunda-feira, 15 de julho de 2019

Características Gerais dos Cordados


                      De forma geral, os cordados são animais de simetria bilateral, de grande mobilidade e de boa capacidade de exploração ambiental. Algumas características chamam a atenção por distinguirem os cordados dos demais grupos de animais:

1      NOTOCORDA: É um bastonete gelatinoso, flexível e resistente, situado dorsalmente. Constitui a primeira estrutura de sustentação do corpo de um cordado, servindo ainda como ponto de apoio dos músculos responsáveis pela locomoção. Em protocordados, pode estar presente por toda a vida, mas, em vertebrados, a notocorda é geralmente substituída pela coluna vertebral.

2      TUBO NERVOSO DORSAL: É a estrutura embrionária que dará origem ao sistema nervoso do animal. Sua extremidade anterior dilata-se, formando o encéfalo, de complexidade variável.

3      FENDAS FARINGÍNEAS: São aberturas pares situadas nos lados da faringe embrionária. Em suas margens há filamentos delicados, ricamente vascularizados, que, nos cordados de respiração branquial, estão relacionados com a origem das brânquias, nas quais as trocas gasosas ocorrem entre o sangue e a água circulante. Nos cordados de respiração pulmonar, estão presentes apenas no embrião e desaparecem antes do nascimento.

CLASSIFICAÇÃO:

PROTOCORDADOS: também chamados de “cordados primitivos”, os protocordados são animais que apresentam a notocorda como única estrutura rígida durante a vida. Neles, a coluna vertebral jamais se forma. Todos são marinhos, alguns bastante disseminados, podendo ocupar hábitats diversificados. Compreendem dois subfilos: Urochordata eCephalochordata.

1)      UROCORDADOS: também chamados de tunicados, são organismos sésseis ou flutuantes, que vivem solitários ou formam colônias. Os representantes mais conhecidos deste grupo são as ascídias, existentes, sobretudo, em águas rasas. São cordados muito diferenciados, pois as formas adultas não se parecem com os demais membros do filo. São animais filtradores de plâncton, com fendas branquiais na faringe, cuja notocorda regride e permanece apenas na região caudal do animal adulto. São hermafroditas.

2)      CEFALOCORDADOS: pequeno grupo de organismos (cerca de 30 espécies) chamados anfioxos, sendo os protocordados os que mais se assemelham aos vertebrados. Têm formato semelhante ao dos peixes, vivem em águas costeiras rasas, com o corpo enterrado na areia, ficando para fora apenas sua extremidade anterior. Não possuem cabeça diferenciada. A boca é uma abertura circular na extremidade anterior, enquanto o ânus fica situado ventralmente na outra extremidade. São dioicos e fazem fecundação externa, com desenvolvimento indireto.




Artrópodes

Os artrópodes são TRIBLÁSTICOS possuindo os três folhetos embrionãeios: endoderme, mesoderme e ectoderme. São ESQUIZOCELOMADOS(esquizo→separado), ou seja, as células que comporão o celoma migram individualmente para a cavidade. Apresentam simetria BILATERAL.


As principais características desse filo, suas apomorfias, são a presença de um exoesqueleto de quitina formando algo como uma armadura que reveste todo o corpo e a presença de apêndices articulados.


→em estágio larval possuem morfologia parecida com anelídeos, em amadurecimento, os anéis se especializam formando estruturas na "armadura" de quitina.


→TAGMATIZAÇÃO ou ARTROPODIZAÇÃO: fusão dos metâmeros originado os tagmas com especialização: a cabeça, com as funções relacionadas a coordenação e apreensão do alimento; o tórax, com funções de deslocamento através dos apêndices e movimentação; o abdômen, com funções de reprodução e digestão.


→RESPIRAÇÃO: Branquial ou também TRAQUEAL que se dá por meio dos espiráculos, furos no exoesqueleto que se ramificam dentro do corpo até chegar às células permitindo a absorção do oxigênio por elas.


Possuem desenvolvimento tanto direto(o ser nasce com a aparência de um adulto e apenas cresce) quanto indireto(do ovo sai um ser em estagio larval).


Têm CRESCIMENTO DESCONTÍNUO, até chegar ao estágio adulto, o artrópode passa por vários processos de muda de seu exoesqueleto tendo em vista que este não acompanha o crescimento do corpo e vai ficando apertado com o tempo.


REPRODUÇÃO→ Os artrópodes são animais dióicos, ou seja, possuem sexo separado. Nos animais terrestres a fecundação se dá internamente, já  nas aquáticas, na maioria das vezes, ocorre externamente.





Anelideos

São TRIBLÁSTICOS possuindo os três folhetos embrionários: endoderme, mesoderme e ectoderme. Além disso, possuem o celoma  sendo ESQUIZOCELOMADOS(esquizo→separado), ou seja, as células que formam o celoma migram individualmente(separadas) da endoderme para a cavidade q dará lugar a ele.


São PROTOSTÔMIOS, o blastóporo dá origem a boca.


O corpo é segmentado em partes iguais, os metâmeros, característica nominada de METAMERIA.


Possuem um sistema circulatórios fechado e com a presença de hemoglobina, porém, sem células transportadoras.


Os anelídeos têm uma pele úmida e fina através da qual absorvem facilmente o oxigênio(RESPIRAÇÃO CUTÂNEA). Há também algumas espécies como os poliquetos marinhos, que possuem cerdas("pelinhos" de quitina ao longo do corpo) que são modificadas dando origem às brânquias que absorvem o oxigênio da água.


A reprodução é SEXUADA, sendo as espécies frequentemente (oligoquetos e hirudíneos) hermafroditas e com desenvolvimento direto.


Existem, no entanto, formas com sexos separados e desenvolvimento indireto, através de uma larva trocófora e alguns casos de reprodução ASSEXUADA (poliquetas). A fecundação é sempre externa.






Equinodermos

Do Reino Animalia, do Filo Echinodermata (do grego echinos: espinhos; derma: pele) os equinodermos possuem cerca de 6.000 espécies dividas em 5 classes.


São invertebrados exclusivamente marinhos, não possuem nenhum representante em ambiente terrestre e de água doce e são abundantes em todos os oceanos.


São animais de tamanho médio e de fácil identificação em relação a outros pequenos seres vivos do ambiente marinho, não são parasitas e nem se organizam em colônias. Não apresentam cabeça.


Os Equinodermos formam o filo mais próximo ao dos Cordados, pois as larvas possuem simetria bilateral e são muito semelhantes às larvas dos cordados primitivos, são deuterostômios e por possuírem endoesqueleto.

Os Equinodermos quando se encontram na fase embrionária possuem 3 características:


• Triblásticos


• Celomados


• Deuterostômios



 A figura mostra todo o processo evolutivo de um embrião. De uma forma bem simples..  (1) Depois da transformação das células, as mesmas se compactam na periferia. (2) Ocorre a Gastrulação, a formação desse pequeno orifício. Nos animais Deuterostômios, esse orifício origina o ânus, para depois ocorrer a formação da boca, como mostra o parte (3). (4) Em animais Triblásticos, ocorre a transformação dessas células em 3 Tecidos diferentes: Mesoderme, Endoderme e Ectoderme. E o Celoma (5) é a cavidade onde os órgãos irão se alocar futuramente.


SISTEMA CIRCULATÓRIO


Nos equinodermos, o sistema circulatório geralmente não está presente, mas quando está, é rudimentar. Existe um líquido incolor que circula pelos canais encontrados por todo o corpo desses animais, sendo que este líquido realiza as funções do sangue, ou seja, transportam substâncias por todo o organismo.

SISTEMA DIGESTÓRIO


-Digestão extracelular com absorção intestinal dos nutrientes e


distribuição dos mesmos via líquido celomático.


- Na maioria do equinodermos a boca fica na face inferior do animal,


voltada para o substrato, enquanto o ânus fica na região superior.


- Os ouriços-do-mar possuem uma estrutura ventral dotada de 5 dentes calcários, muito fortes e afiados, denominada Lanterna-de-Aristóteles.

SISTEMA RESPIRATÓRIO E EXCRETOR As trocas ocorrem por meio de brânquias e o líquido celômico distribui oxigênio para as células do corpo. As brânquias também participam da eliminação de excretas.





SISTEMA NERVOSO -Consiste em um anel circular do qual partem nervos radiais que se ramificam, inervando todo o corpo. - O sistema sensorial é rudimentar. Possui receptores químicos e táteis na região oral e dos pés ambulacrais.



REPRODUÇÃO -Sexuada, animais dioicos, fecundação externa e desenvolvimento indireto, com uma ou mais formas de tipos larvais. - As larvas possuem simetria bilateral: Plúteo – em ouriços (1 fase larval); Bipinária e braquiolária – nas estrelas (2 fases larval) .




DOENÇAS Os Equinodermos não causam doenças. Porém, algumas espécies possuem espinhos para de locomover e podem causar ferimentos e inflamações por conta das toxinas.





Moluscos

Filo Mollusca, do lat. Mollis = mole em alusão à consistência mole do corpo desses animais, ex.: polvos, lulas, mexilhões, ostras, lesmas e caracóis.

Os moluscos são seres triblásticos, protostômios, celomados e com simetria bilateral. Os seres desse filo são os que possuem a segunda maior variedade de espécies. Caracóis, ostras, mariscos, polvos e lulas são algumas das espécies mais conhecidas, mas existem diversas outras. Estão presentes no mar, em rios e ambientes úmidos e todos possuem uma característica que os define como um grupo separado: todos tem o corpo mole. 

Seu corpo é dividido em três partes: 


·                     cabeça, onde ficam a boca e os órgãos sensoriais; 


·                     massa visceral, onde ficam os órgãos internos e


·                     pé, usado para locomoção e captura de alimento





Classificação

Classe Aplacophora – Solenogastros

Classe Monoplacophora – Neopilina sp

Classe Polyplacophora – Chiton sp

Classe Scaphopoda – Dentalium sp

Classe Pelecypoda – Ostrea sp (ostra0, Mytilus sp(mexilhão), Pecten sp (vieira)

Classe Gastropoda Haliostis sp, Helix sp (caracol),Aplysia sp (lebre-do-mar)

Classe Cephalopoda – Loligo sp (lula), Octopus sp(polvo), Sepia sp (sépia)






Características:

Os moluscos apresentam sistema digestório completo (boca, estomago, intestino e ânus e orgãos anexos como figado pâncreas etc.). Na base da boca, exceto os bivalves os moluscos apresentam uma estrutura chamada de rádula. A rádula é uma estrutura exclusivados moluscos; muitas vezes é comparada a uma língua com inúmeras fileiras de dentículos quitinosos voltados para trás e que são usados para raspar ou cortar o alimento em porções pequenas antes que possa entrar no esôfago para ser deglutido. Sua alimentação varia com o meio, ou seja, os marinhos podem ser carnívoros, onde comem até animais de porte médio, com ouriços, estrelas-do-mar e até outros moluscos, ou se alimentar de algas; e os terrestres se alimentam de plantas.


sistema respiratório também é variado conforme o habitat. As trocas gasosas são realizadas por meio de brânquias nas espécies aquáticas e por pulmões primitivos nas espécies terrestres. Os gases respiratórios são transportados pela hemolinfa.

sistema nervoso é composto por vários pares de gânglios, unidos entre si por cordões nervosos. Presença de gânglios cerebroides, pedais e viscerais.



A maioria dos moluscos apresentam um sistema circulatório do tipo aberto, no qual o sangue é bombeado pelo coração, passa pelos vasos sanguíneos e em determinado momento sai destes e passa a circular onde estão os órgãos vitais do animal, o sangue então circula entre os tecidos levando os nutrientes, retirando os excretas e levando o oxigênio. Já os cefalópodes apresentam um sistema circulatório fechado no qual o sangue não sai das veias e artérias.



O Sistema excretor é composto por um par de nefrídeos, que removem os excretas nitrogenados da cavidade pericárdica e dos vasos sanguíneos

Reprodução:


Os moluscos podem ser dioicos ou monoicos. A maioria dos pelecípodos é dioica, enquanto a maioria dos gastrópodos é monoica. Os cefalópodos são todos dioicos. A reprodução não é uniforme no filo, variando de uma classe para outro e mesmo dentro da mesma classe. Em muitas espécies, o ovo se desenvolve em indivíduos jovens semelhantes aos adultos. Em outras espécies, porém, o desenvolvimento é com um ou mais estágios larvais. Nos pelecípodos temos a larva véliger. Nos gastrópodos aquáticos temos duas formas larvais, a trocófora e a véliger. Nos gastrópodos terrestres o desenvolvimento é direto. A fecundação pode ser externa ou interna, dependendo da espécie.

Doenças:


Doenças do trato gastrointestinal:


Essa doença tem sintomas semelhantes ao de uma apendicite porém provoca perfuração intestinal. Esse mesmo animal pode causar também úlceras estomacais.

Meningite:

Esses animais são responsáveis pela transmissão de um tipo de meningite chamada eosinofílica ou angiostrongilíase cerebral. Os moluscos são como um ambiente de desenvolvimento para as larvas causadoras dessa doença. Somente quando elas chegam a fase adulta é que são capazes de infectar vertebrados como os seres humanos. Esta infecção se dá não somente pela ingestão do próprio caramujo, mas também pelo contato com o muco liberado pelo animal.

Esquistossomose:

Esta doença é causada pelo parasita Schistosoma mansoni cujo principal hospedeiro intermediário são os caramujos. Essa doença pode ser considerada a que mais aflinge os seres humanos já que os mesmos são os hospedeiros definitivos e sem os mesmos o parasita não completa seu ciclo vital. Essa verminose tem números mais alarmantes em regiões onde o saneamento básico não é o ideal.

Nematelmintos

Nematelmintos

Características gerais:


          O filo Nemathelminthes (do grego nematos, fio, e helminthes, verme) reúne vermes de corpo cilíndrico, alongado  de extremidades afiladas. Alguns nematelmintos têm poucos milímetros de comprimento, mas há espécies cujos representantes podem atingir 1 m ou mais. Até agora os cientistas descobriram e catalogaram apenas 12 mil espécies de nematelmintos, mas calcula-se que o número de espécies desse filo ultrapasse 400 mil. Os nematelmintos podem ter vida livre ou parasitária. As espécies de vida livre habitam o solo, a água doce ou o mar. Os nematelmintos são abundantes no solo: em uma única colher de terra de jardim pode haver mais de 10 mil minúsculos nematelmintos. Diversas espécies são parasitas de plantas e de animais, incluindo o homem.

Anatomia e fisiologia:

           O corpo de um verme nematelminto pode ser descrito como “um tubo dentro de outro tubo”. O tubo interno é o intestino, que começa na boca e termina no ânus. O tubo externo é a parede do corpo. Entre esses tubos existe uma cavidade cheia de líquido, o pseudoceloma (do grego pseudos, falso, e koiloma, cavidade). O termo ‘’pseudoceloma" (celoma falso) ressalta o fato de essa cavidade ser apenas parcialmente revestida por mesoderma, e não completamente revestida, conforme a definição de celoma. A principal função do pseudoceloma é o transporte de substâncias pelo corpo. Os nutrientes absorvidos no tubo digestivo passam para o líquido pseudocelômico, de onde são distribuídos a todas as células. Substâncias tóxicas que as células excretam também se difundem para o líquido pseudocelômico, de onde são removidas e eliminadas do corpo.  Além de função circulatória, o pseudoceloma, por ser cheio de líquido, funciona como um esqueleto hidrostático, fornecendo apoio para os movimentos musculares do verme.

          O corpo de um nematelminto é externamente revestido pela epiderme, recoberta por uma cutícula protetora de constituição proteica. Sob a epiderme existe uma camada de células musculares que forma a musculatura do verme nematelminto. As fibrilas contráteis dessa musculatura estão orientadas unicamente no sentido longitudinal do corpo do animal. Por isso movimento desses animais se resume a flexões do corpo.  As células musculares possuem prolongamentos que se comunicam com o sistema nervoso. Este consiste de um anel de células nervosas em torno da faringe, de onde partem dois cordões nervosos, um dorsal e um ventral, que percorrem longitudinalmente o corpo do verme.



Sistema digestivo:


 O sistema digestivo dos nematelmintos é completo, com boca e ânus. O alimento penetra pela boca, localizada na extremidade anterior do corpo, e é impulsionado por uma faringe curta e musculosa até o intestino. Este é um tubo fino e reto que termina no ânus. A digestão se inicia na cavidade do intestino, e os alimentos semidigeridos são englobados pelas células da parede intestinal, onde terminam de ser digeridos. A digestão é, portanto, extra e intracelular. O material não digerido é eliminado pelo ânus.

 Sistema excretor: As excreções produzidas pelas células do nematelminto são lançadas no fluido pseudocelômico, de onde são removidas por dois canais excre- tores, localizados um de cada lado do corpo. Na porção anterior do corpo esses tubos se unem, desembocando no poro excretor, por onde as excreções são eliminadas do corpo do verme.

Trocas gasosas: Os nematelmintos, como os platelmintos, não possuem órgãos ou sistemas especializados em realizar trocas gasosas. Gás oxigênio e gás carbônico são, respectivamente, absorvidos e eliminados por difusão, que ocorre por toda a superfície do corpo.

Sistema reprodutor: A maioria dos nematelmintos é dióica. As fêmeas apresentam um par de ovários longos e finos. Cada ovário continua por um fino oviduto, ao qual se segue um útero mais grosso. Os dois úteros desembocam na vagina, que se comunica com o exterior através do poro genital feminino, situado na região ventral Os machos possuem um testículo único longo e fino, ligado a um conduto deferente, que desemboca na vesícula seminal. Esta armazena os espermatozóides produzidos no testículo e se abre na mesma câmara onde desemboca o intestino. A abertura comum ao sistema reprodutor e digestivo recebe o nome de cloaca. Na cloaca, existem duas formações semelhantes a espinhos, as espículas peniais, importantes para manter o macho e a fêmea unidos durante o ato sexual.

Doenças:



Cnidários

Os Cnidários são animais aquáticos, predominantemente marinhos, com poucas espécies de água-doce.


ü  Apresentam o corpo mole e gelatinoso.


ü  Seus representantes mais conhecidos são as medusas, mais conhecidas como águas-vivas, as hidras, as anêmonas-do-mar e os corais.

ü  Metazoários


ü  Eumetazoários (animais com tecidos verdadeiros)


ü  Diblásticos


ü  Radiados


ü  Neuromiários (animais com tecidos nervoso e muscular)


ü  Protostômios (boca com origem primitiva)


ü  Isolados ou coloniais


ü  Exclusivamente aquáticos (maioriamarinhos, com poucas espécies deágua-doce)


ü  Bentônicos sésseis ou planctônicos


ü  Presença de cnidoblastos com nematocistos

Tipos Anatômocos


ü  Os cnidários apresentam dois tipos morfológicos de indivíduos: asmedusas que são natantes, e ospólipos que são sésseis. Tanto a medusa como o pólipo apresentam uma camada de matéria não-viva, a chamada mesogléia, entre a epidermee a gastroderme.


PÓLIPO – Geralmente apresenta forma cilindrica. Possui uma base de fixação, o disco pedal, o corpo e o hipóstoma, onde se localiza a boca, cercada portentáculos.


MEDUSA – Assemelha-se a uma guarda-chuva ou a um cogumelo de chapéu. Apresenta as seguintes partes fundamentais: a umbrela, o manúbrio, os tentáculos e o véu.






Anatomia e Fisiologia

Ø  Sistema Digestório – Presente e incompleto. Apresenta apenas boca e uma cavidade gastrovascular. A digestão é extra e intracelular.


Ø  Sistema Respiratório – Ausente. As trocas gasosas são realizadas por difusão simples.


Ø  Sistema Circulatório – Ausente. O alimento é distribuído pela cavidade gastrovascular.


Ø  Sistema Excretor – Ausente. Os produtos de excreção são eliminados por difusão simples na água circundante.


Ø  Sistema Nervoso e Sensorial -  Presente e reduzido. Presença de células sensoriais espalhadas pela epiderme e de neurônios situados na mesogléia, formando uma rede nervosa difusa (sem centro de integração). Algumas espécies apresentam estruturas sensíveis à luz, os ocelos.

Reprodução


Assexuada


´  Brotamento


´  Estrobilização


Sexuada


´  Espécies monóicas ou dióicas.


´  Fecundação interna (maioria) ou externa.


´  Desenvolvimento direto ou indireto(larvas plânulas).


´  As larvas são planctônicas.


´  Algumas espécies apresentam ciclo de vida com alternância de geraçõessexuadas (medusas) e assexuadas(pólipos), fenômeno denominadometagênese.





Classificação Sistemática


Classe Hydrozoa – A maioria das espécies com forma de pólipos. Existem colonias de pólipos flutuantes, as hidromedusas, tais como a caravela portuguesa (Physalia pelagica). Exemplo: a hidra


Classe Scyphozoa – A maioria das espécies com forma de medusa. Exemplo: Aurelia aurita.


Classe Anthozoa – Apresenta somente a forma de pólipo entre suas espécies. Exemplo: anêmonas-do-mar e os corais.

Poríferos

Porifera (do grego, poros, passagem, orifício; do latim ferre, levar) – Animais portadores de poros.


´  Os poríferos ou espongiários constituem o grupo animal menos evoluído. Embora sejam constituídos de mais de uma célula não formam tecidos bem definidos muito menos órgãos.


´  Por esse motivo, muitos especialistas preferem classificá-los no sub-reino Parazoa, dentro do reino Metazoa, que abriga todos os outros animais.

´  Metazoários (animais com mais de uma célula)


´  Parazoários (animais que não formam tecidos verdadeiros)


´  Diblásticos (animais com dois folhetos embrionários)


´  Assimétricos ou radiados (sem simetria definida ou simetria radial)


´  Aneuromiários (animais que não possuem tecidos nervosos e musculares)


´  Exclusivamente aquáticos (maioriamarinhos, com poucas espéciesdulcícolas)


´  Bentônicos sésseis (animais que vivem fixos a um substrato)


´  Filtradores


´  Isolados ou coloniais


´  Corpo provido de numerosos poros

Tipos amatômicos:

´  Os poríferos apresentam diversos tipos de organização estrutural. Em ordem crescente de complexidade dos poros e de evolução, distinguimos o tipoáscon, o tipo sícon e o tipo lêucon.

´  Nas esponjas do tipo áscon, a parede externa é formada por células chamadas pinacócitos, e a parede interna é formada por células flageladas chamadas coanócitos, que forram uma cavidade interna, o átrio. Entre essas duas paredes existem estruturas de sustentação, as espículas, e células circulantes, os amebócitos. Na parede externa, inúmeros poros, formados por células chamadas porócitos, facilitam a entrada de água para o átrio. A água sai da esponja por um orifício na extremidade livre do átrio, o ósculo.

´  Nas esponjas do tipo sícon, a parede do corpo é amplamente pregueada, o que leva à formação de canais internos e externos. Os canais internos são forrados por coanócitos. Pelos canais internos ocorre a entrada da água, que atravessa os poros e atinge os canais internos, flagelados. Filtrada pelos coanócitos, a água atinge o átrio e sai da esponja pelo ósculo.

´  Nas esponjas do tipo lêucon, o pregueamento da parede é muito mais desenvolvido. Existem verdadeiras câmaras internas flageladas, repletas de coanócitos. A água executa um percurso muito maior e atinge vários átrios, antes de abandonar a esponja por um ou diversos ósculos.

Estrutura Geral da Esponja e suas Células



Características


´  Coanócitos – células flageladas que participam na captura e digestão do alimento, na movimentação da água no interior do corpo e no transporte dos espermatozóides.


´  Espongiócitos – células formadoras da espongina.


´  Esclerócitos – células formadoras das espículas.


´  Miócitos – células ricas em fibras contráteis.


´  Amebócitos – células que participam na digestão dos alimentos, na excreção, na respiração, na defesa, no armazenamento e na formação dos gametas.


´  Arqueócitos – células indiferenciadas formadoras de amebócitos, esclerócitos, espongiócitos, miócitos e demais células da esponja.


´  Pinacócitos – células de revestimento externo e/ou interno da esponja, formadoras da pinacoderme.


´  Porócitos – células tubulares formadoras dos poros inalantes, também chamadas de óstios ou ostíolos.


´  Mesogléia – camada gelatinosa que preenche toda a esponja. É pouco desenvolvida no tipo áscon, mediamente no tipo sícon e muito no tipo lêucon.

Anatomia e Fisiologia

´  Sistema Digestório – ausente (digestão intracelular)


´  Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas por difusão)


´  Sistema Circulatório – ausente(transporte por difusão)


´  Sistema Excretor – ausente (eliminação por difusão)


´  Sistema Nervoso – ausente


´  Sistema Sensorial - ausente

Reprodução

´  Reprodução Assexuada – ocorrência debrotamentoregeneração e gemulação.


´  Reprodução Sexuada – espéciesmonóicas ou dióicas; com fecundaçãointerna (maioria) ou externa; desenvolvimento indireto, com formas larvais (anfiblástula e parenquímula). As larvas são planctônicas.




Classificação sistemática

´  Classe Calcarea – esponjas com esqueleto formado por espículas calcáreas.


´  Classe Hexactinellida – esponjas com esqueleto formado por espículas silicosas.


´  Classe Demospongiae – esponjas com esqueleto formado por rede de espongina.


´  Classe Sclerospongiae – esponjas coralinas com espesso esqueleto formado por cristais de carbonato de cálcio sobre uma fina rede de espongina.

Platelmintos

Platelmintos

Os platelmintos apresentam algumas aquisições evolutivas muito importantes, tais como o surgimento de um terceiro folheto embrionário, a mesoderme, o que permitiu que o corpo dos animais aumentasse de tamanho e complexidade. Como adaptação ao movimento, ocorreu o processo de cefalização, ou seja, o surgimento de uma cabeça na região anterior do corpo, com maior concentração de células nervosas e estruturas sensoriais. Deste modo, o animal passou a ter uma relação anterior/posterior, o que caracterizou a aquisição da simetria bilateral, outra adaptação ao movimento. 




´  Metazoários


´  Eumetazoários


´  Triblásticos (três folhetos embrionários: ecto, meso e endoderme)


´  Acelomados (sem cavidade embrionária)


´  Bilatérios (com simetria bilateral)


´  Protostômios


´  Neuromiários


´  Corpo achatado dorsoventralmente


´  Corpo segmentado ou não


´  Aquáticos, marinhos ou dulcícolas


´  Vida livre ou parasitas

Habitat e modo de vida

´  Os platelmintos podem ser de vida livre ou parasitas. Os platelmintos de vida livre podem ser aquáticos (marinhos ou dulcícolas) ou terrestres, em ambientes úmidos.


´  Platelmintos parasitas, tais como oSchistosoma mansoni  e a Taenia sp, são encontrados em diversos tipos de hospedeiros, tanto vertebrados quanto invertebrados.

Classificação


´  Classe Turbellaria: espécies de vida livre, tais como a Dugesia tigrina (planária).


´  Classe Trematoda: espécies ecto e endoparasitas, tais como oSchistosoma mansoni.


´  Classe Cestoda: espécies endoparasitas, tais como a Taenia solium  e a Taenia saginata.


Turbellaria:



Trematoda:  



 Cestoda




Anatomia e Fisiologia

´  a) Sistema digestório e digestão: presente, incompleto. Digestão extra e intracelular.


´  b) Sistema respiratório e respiração: ausente. Trocas gasosas por difusão.


´  c) Sistema circulatório e circulação: ausente, distribuição de nutrientes pela cavidade digestória.


´  d) Sistema excretor e excreção: presente. Rede de pequenos tubos com células-flama ou solenócitos, com poros excretores na superfície dorsal do corpo.


´  e) Sistema nervoso: presente. Um par de gânglios cerebrais ligados a dois cordões nervosos longitudinais.


´  f) Sistema sensorial: presente. As planárias apresentam órgãos sensíveis à luz, os ocelos e quimiorreceptores na região anterior do corpo.

Reprodução


´  Assexuada (alguns casos) e sexuada. Algumas planárias podem se reproduzir assexuadamente por divisão transversal. Na reprodução sexuada ocorre a cópula (ato sexual) e fecundação interna. As planárias são monóicas, com desenvolvimento direto, sem estágio larval. Entre os parasitas existem espécies monóicas e dioicas, com diversos tipos de formas larvais, em diversos tipos de hospedeiros.


Parasitismo


´  Parasitismo é uma relação direta e estreita entre dois organismos geralmente bem determinados: o hospedeiro e o parasita, vivendo o segundo à custa do primeiro. Essencialmente unilateral, o hospedeiro é indispensável ao parasita, que, separado dele, morrerá por falta de nutrição. O organização do parasita se especializa correlativamente às condições em que vive no hospedeiro, sendo a adaptação a marca do parasitismo.


´  Os parasitas podem ser classificados como ectoparasitas (parasitas externos) ou endoparasitas (parasitas internos).


 

Principais doeças

´  Esquistossomose ou barriga d’água


´  Agente causador: Schistosoma mansoni.


´  Hospedeiro intermediário: caramujo planorbídeoBiomphalaria sp.


´  Transmissão: penetração ativa da forma infestante – cercaria - através da pele ou por via oral, pela ingestão de água contaminada.


´  Órgão parasitado: sistema porta-hepático humano; fígado e pulmão do caramujo.


´  Patogenia: dermatites, flebite, febre, calafrios, sudorese excessiva, diarreia, bronquite crônica, tosse seca, hepatoesplenomegalia com distensão abdominal e ascite (derrame de líquidos no abdômen).


´  Profilaxia: educação sanitária, saneamento básico, controle dos focos do caramujo e evitar banhos em águas suspeitas.


´Teníase


´  Agente causador: Taenia soliumou Taenia saginata.


´  Hospedeiro intermediário: porco (T. solium) ou boi (T. saginata).


´  Transmissão: Ingestão de cisticercos na carne de porco ou de boi mal cozida.


´  Órgão parasitado: Intestino delgado humano e musculatura do porco e do boi.


´  Patogenia: Bulimia, anorexia, náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, emagrecimento.


´  Profilaxia: fiscalização efetiva das carnes e seus derivados, educação sanitária, tratamento dos doentes, evitar consume de carne crua ou mal cozida, tanto de boi quanto de porco.


´Cisticercose


´  Agente causador: Taenia solium ou Taenia saginata.


´  Hospedeiro definitivo: homem.


´  Transmissão: Ingestão de ovos embrionados.


´  Órgão parasitado: diversos tecidos corporais.


´  Patogenia: Bulimia, anorexia, náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, emagrecimento.


´  Profilaxia: saneamento básico, educação sanitária, tratamento dos doentes.



Zoologia

Zoologia (zoo = animal e logia = estudo) é a parte da Biologia que estuda os animais, ou seja, que se volta para os organismos pertencentes ao Reino Animalia. Esse reino é o mais diversificado de todos e apresenta mais de 1 milhão de espécies descritas, sem contar aquelas ainda desconhecidas pelo homem.


                Esses seres distribuem-se pelos mais variados ambientes e apresentam representantes de vida aquática, terrestre e até parasitas. A forma de alimentação também é bastante diversificada, podendo ser encontrados, por exemplo, animais herbívoros, carnívoros, onívoros e saprófagos.


                Todos os animais são seres eucarióticos, ou seja, apresentam células com núcleo delimitado pelo citoplasma. Além dessa característica, não existem animais unicelulares, sendo, portanto, todos multicelulares. Os animais também apresentam como característica primordial a nutrição heterotrófica. Isso quer dizer que nenhum organismo pertencente a esse reino consegue produzir seu alimento, retirando sempre sua energia de fontes externas de matéria orgânica.


                Muitas pessoas agrupam os animais em dois grandes grupos: os vertebrados e os invertebrados. Os vertebrados, tradicionalmente, são aqueles que possuem coluna vertebral e caixa craniana, enquanto os invertebrados são aqueles que não a possuem.


                Didaticamente, podemos dividir o Reino Animalia em nove filos principais, apesar de existirem cerca de 35 filos diferentes. Os principais filos animais são Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematoda, Mollusca, Annelida, Arthropoda, Echinodermata e Chordata. Esse último é aquele em que nós, humanos, estamos classificados.

Protozoários

Protozoários

-Características Gerais e diversidade dos protozoários

               Os protozoários (do grego protos, primitivo, primeiro, e zoon, animal), assemelham-se aos animais quanto à organização interna de suas células e quanto à nutrição, que é heterotrófica. Diferem dos animais, porém, por serem unicelulares. Sabe-se que a maioria dos protozoários é aquática, mas há espécies que vivem no lodo e na terra úmida. Diversas espécies são parasitas, causando doenças a animais invertebrados e vertebrados, inclusive ao homem. Alguns protozoários mantêm relações de interdependência com outros seres vivos, com os quais trocam benefícios, configurando uma associação de mutualismo.





Classificação:

         Nas classificações mais antigas, os protozoários eram agrupados no filo Protozoa, dentro do reino Animal. A tendência moderna, entretanto, é incluí-los no reino Protista, subdividindo-os em quatro filos: Sarcodina (sarcodíneos), Flagellata (flagelados), Ciliata (ciliados) e Sporozoa (esporozoários). As características utilizadas para essa subdivisão são a presença e o tipo de estruturas de locomoção.





Reprodução nos protozoários:

Assexuada por divisão binária e divisão múltipla

                 A maioria dos protozoários de vida livre se reproduz assexuadamente por divisão binária. A célula cresce até determinado tamanho e se divide ao meio, originando dois novos indivíduos. Entretanto alguns sarcodíneos e esporozoários podem se reproduzir assexuadamente por divisão múltipla. Nesse caso, a célula multiplica seu núcleo diversas vezes por mitose antes de se fragmentar em inúmeras pequenas células.



Reprodução sexuada:

             Quase todas as espécies de protozoários apresentam processos sexuais. No tipo mais comum de reprodução sexuada, dois indivíduos de sexos diferentes fundem-se e formam um zigoto, que posteriormente sofre meiose e reconstitui novos indivíduos, geneticamente recombinados.

Conjugação em paramécio:

              O paramécio apresenta um processo sexual elaborado, denominado conjugação. Dois indivíduos de sexos diferentes se aproximam e estabelecem uma ponte citoplasmática. Através dessa ponte, eles trocam micronúcleos que haviam sido previamente duplicados. Após a troca, os conjugantes se separam e, em cada um dos indivíduos, os dois micronúcleos, um original e outro recebido do parceiro, se fundem, misturando seus materiais genéticos. No fim do processo, cada conjugante dá origem a quatro novos paramécios recombinantes, com diferentes misturas dos genes dos pais.

Alternância de gerações em esporozoários:

               Nos esporozoários, geralmente há alternância entre formas sexuadas e assexuadas de reprodução. Muitas espécies são capazes de formar esporos resistentes, que infestam o hospedeiro.



Doenças:





Fungos

        O Reino Fungi é constituído por fungos, como cogumelos, leveduras, orelhas-de-pau e bolores, os quais possuem grande importância ecológica, uma vez que atuam como decompositores, parasitas ou mutualistas. Faz-se válido ressaltar, nesse ponto, que alguns deles são usados na alimentação humana (certos cogumelos e trufas) e na indústria (como agentes fermentadores e na produção de antibióticos).


                 Os fungos são eucariontes heterotróficos, podendo ser uni ou pluricelulares. Suas células geralmente possuem, na parede celular, um polissacarídio que também está presente no exoesqueleto dos artrópodes, a quitina. Ademais, armazenam carboidratos na forma de glicogênio e crescem sobre substratos variados, como couro, papel, madeira e alimentos. O bolor preto do pão (pertencente ao gênero Rhizopus) é um tipo de fungo pluricelular muito comum. Sobre um substrato adequado e em condições favoráveis, um esporo germina e forma filamentos denominados hifas, as quais invadem o substrato e nele liberam enzimas digestivas. Assim, o fungo realiza digestão extracorpórea e absorve produtos através da parede celular e da membrana plasmática.


                  O micélio é formado pelo conjunto de hifas e caracteriza-se como o corpo dos fungos pluricelulares. Nesse sentido, existem aqueles formados por hifas cenocíticas - com centenas de núcleos em uma única massa citoplasmática e aspecto de filamentos multinucleados-, assim como os que possuem hifas septadas - com divisórias que separam células individuais, com um ou mais núcleos.


                  Quanto à taxonomia, segundo classificações aceitas atualmente, os fungos dividem-se em quatro grupos principais. Osbasidiomicetos, assim como os ascomicetos, produzem esporos em estruturas denominadas esporângios. Entre eles, alguns são de grande interesse comercial, a exemplo da espécie Saccharomyces cerevisae(utilizada na produção de alimentos, bebidas fermentadas e etanol). Há, também, alguns basidiomicetos comestíveis, como ochampignon. Entre os zigomicetos, destaca-se o gênero Rhizopus, cujo ciclo reprodutivo apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Já os quitridiomicetoscaracterizam-se por apresentar esporos monoflagelados em uma fase da vida.


                   Antigamente, um quinto grupo ainda era considerado: os deuteromicetos. Contudo, na sistemática atual, esse grupo não é mais reconhecido como um filo, e muitas espécies que pertenciam a esse grupo foram classificadas como ascomicetos.





1.2 - Basidiomicetos


                Basidiomycota (do grego basidion = pequeno pedestal ou pequena base) é um filo que, assim como Ascomycota e Zygomycota, constitui o reino Fungi do domínio Eukarya. Os fungos basidiomicetos são conhecidossão  popularmente por cogumelos e orelhas de pau, além de outros grupos que são menos conhecidos que são os fungos gelatinosos, os “gasteromicetos”, as ferrugens e os carvões. Estão presentes em ambientes aquáticos e terrestres, podem ser parasitas, sapróbios e micorrízicos. São na sua maioria saprófitas e participam da decomposição de folhas, galhos e troncos, sendo encontrados em uma grande variedade de substratos e em diferentes biomas. Sua grande importância, em termos ecológicos é o papel que desempenham na ciclagem de nutrientes.


          reprodução assexuada ocorre por fragmentação do micélio e produção de esporos.Já a reprodução sexuada pode acontecer através da copulação de duas hifas compatíveis, ou então entre um esporo e uma hifa. Esta fusão leva à formação de uma célula binucleada ou dicariótica, que por fibulação, um tipo de divisão celular, dá origem a outras células dicarióticas. A fase dicariótica cresce e fica independente da forma unicariótica. Ocorre então a cariogamia e logo após, a meiose, formando quatro núcleos haplóides, que formarão quatro basidiósporos na extremidade de pequenos pedúnculos. Os basidiósporos são lançados no ambiente para serem disseminados por animais ou pelo vento.


           O ciclo de vida começa quando o basidiósporo germina, originando um micélio uninucleado e haplóide. Quando as hifas se fundem, forma-se uma célula dicariótica que dará origem ao micélio dicariótico, onde ocorrerá a diferenciação dos basídios e conseqüente formação do basidiocarpo, que produzirá novos basidiósporos.



1.3 - Ascomicetos


Normalmente, os ascos contêm oito ascósporos, produzidos por uma divisão celular meiótica seguida, na maioria das espécies, por uma mitose. Contudo, em alguns géneros ou espécies podem conter apenas um esporo (por exemplo, em Monosporascus cannonballus) ou então esporos em número de dois, quatro ou outro número múltiplo de quatro. Em alguns casos, os ascósporos podem produzir conídios, que podem chegar aos centos por cada asco (como no género Tympanis), ou podem fragmentar-se (como em alguns fungos do género Cordyceps), enchendo também os ascos de células mais pequenas. Os ascósporos são imóveis e, em geral, unicelulares, ainda que por vezes possam apresentar-se septados em um ou vários planos.


Em muitos casos os ascos formam uma camada regular chamada himénio, dentro de um corpo frutífero visível à vista desarmada chamado ascocarpo ou ascoma. Em outros casos, como nas leveduras unicelulares, não se encontram estas estruturas. Em raros casos, os ascos de alguns géneros podem desenvolver-se regularmente dentro de ascos velhos e já vazios, como por exemplo no género Dipodascus.


Os ascos normalmente libertam os esporos por descarga activa iniciada a partir da sua extremidade distal, mas também o podem fazer de forma passiva exsudando um líquido ou sob a forma de uma massa pulverulenta seca. Tipicamente, a descarga activa dos ascos faz-se através de um ponto especialmente diferenciado, em geral um poro ou opérculo. Em alguns géneros que formam himénio, a descarga de esporos de um asco pode induzir a que também o façam os demais ascos do ascocarpo, resultando numa descarga massiva que se vê como uma nuvem de esporos, especialmente em algumas espécies do género Peziza. Algumas espécies produzem um ruído audível ao libertar os esporos.


Os fungos reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada pode ser: (i) brotamento (seres unicelulares), (ii) fragmentação do micélio, onde um micélio se fragmenta originando muitos outros e (iii) esporulação, acima dos corpos de frutificação estão os esporângios que produzem os esporos, estruturas imóveis e resistentes a ambientes desfavoráveis. Já a reprodução sexuada requer a fusão de duas hifas haplóides, quando isso não ocorre, originam-se hifas geneticamente distintas denominadas dicários.



1.4 - Quitridiomicetos

Constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivemem meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho). Anteriormente eram classificados como algas, entretanto, por não serem autótrofos foram removidos desta classificação.


Os quitridiomicetos fazem parte do grupo de fungos que não produzem corpos de frutificação. Além disso, seus esporos – denominados zoósporos – são flagelados, o que facilita sua locomoção na água e germinação. Sua fase diploide não é efêmera. Quando são unicelulares não possuem micélio, quando pluricelulares têm hifas cenocíticas. Ex: Batrachochytrium dendrobatidis é um tipo de fungo que ataca a pele de anfíbios.


Na produção de gametas, os núcleos dos gametângios (estruturas produtoras de gametas) geram, a partir da mitose, gametas haploides flagelados. No encontro de dois gametas de sexos opostos, ocorre a fecundação, que origina um zigoto diploide.  Esse zigoto se desenvolve e forma um fungo diploide, esporófito. O esporófito produz tanto esporos haplóides quanto diplóides, que, ao germinarem, dão origem respectivamente a um gametófito n (haploide) e um esporófito 2n (diploide). Assim, o ciclo se reinicia, com a alternância entre as fases sexuada e assexuada.


1.5 – Zigomicetos


 Geralmente permanecem na posição que foram formados e aguardam condições adequadas para o desenvolvimento. Quando a parede do zigosporângio amadurece, ele se torna preto dando molde a sua cor característica. Rompida a parede, os esporos são liberados, podendo germinar e dar origem à um novo micélio, completando o ciclo assexuado.


Se reproduzem por meio de esporos haploides liberados para o ar pelo esporângio, que quando maduro possui massas secas e pulverulentes de esporos que se dispersam pelo vento, ou quando molhados, por contato direto com diversos vetores.


Sua principal característica é o zigósporo, estrutura de repouso produzido sexualmente se encontram armazenados nos esporângios ou zigosporângios, estruturas esféricas de parede espessa que produz e libera os esporos, são inadequados para a dispersão a longa distância serem grandes demais, possuindo paredes espessas com abundantes reservas lipídicas.


Filo do Reino Fungi que compreende todas as espécies que produzem zigospórios formados em um zigosporângio de cabeça espessa. São terrestres filamentosos e vivem no solo como decompositores ou parasitas tanto de plantas quanto de animais. Apresentam hifas cenocíticas, ou seja, asseptadas com septos nas que dão origem aos esporângios. Existem cerca de 1065 espécies que se desenvolvem principalmente em material em decomposição, uma das mais conhecidas é o Rhizopus stolonifer (color negro do pão)




Imagens dos fungos:




Zigomicetos



Ascomicetos




Quitridiomicetos



Basidiomicetos