segunda-feira, 15 de julho de 2019

Nematelmintos

Nematelmintos

Características gerais:


          O filo Nemathelminthes (do grego nematos, fio, e helminthes, verme) reúne vermes de corpo cilíndrico, alongado  de extremidades afiladas. Alguns nematelmintos têm poucos milímetros de comprimento, mas há espécies cujos representantes podem atingir 1 m ou mais. Até agora os cientistas descobriram e catalogaram apenas 12 mil espécies de nematelmintos, mas calcula-se que o número de espécies desse filo ultrapasse 400 mil. Os nematelmintos podem ter vida livre ou parasitária. As espécies de vida livre habitam o solo, a água doce ou o mar. Os nematelmintos são abundantes no solo: em uma única colher de terra de jardim pode haver mais de 10 mil minúsculos nematelmintos. Diversas espécies são parasitas de plantas e de animais, incluindo o homem.

Anatomia e fisiologia:

           O corpo de um verme nematelminto pode ser descrito como “um tubo dentro de outro tubo”. O tubo interno é o intestino, que começa na boca e termina no ânus. O tubo externo é a parede do corpo. Entre esses tubos existe uma cavidade cheia de líquido, o pseudoceloma (do grego pseudos, falso, e koiloma, cavidade). O termo ‘’pseudoceloma" (celoma falso) ressalta o fato de essa cavidade ser apenas parcialmente revestida por mesoderma, e não completamente revestida, conforme a definição de celoma. A principal função do pseudoceloma é o transporte de substâncias pelo corpo. Os nutrientes absorvidos no tubo digestivo passam para o líquido pseudocelômico, de onde são distribuídos a todas as células. Substâncias tóxicas que as células excretam também se difundem para o líquido pseudocelômico, de onde são removidas e eliminadas do corpo.  Além de função circulatória, o pseudoceloma, por ser cheio de líquido, funciona como um esqueleto hidrostático, fornecendo apoio para os movimentos musculares do verme.

          O corpo de um nematelminto é externamente revestido pela epiderme, recoberta por uma cutícula protetora de constituição proteica. Sob a epiderme existe uma camada de células musculares que forma a musculatura do verme nematelminto. As fibrilas contráteis dessa musculatura estão orientadas unicamente no sentido longitudinal do corpo do animal. Por isso movimento desses animais se resume a flexões do corpo.  As células musculares possuem prolongamentos que se comunicam com o sistema nervoso. Este consiste de um anel de células nervosas em torno da faringe, de onde partem dois cordões nervosos, um dorsal e um ventral, que percorrem longitudinalmente o corpo do verme.



Sistema digestivo:


 O sistema digestivo dos nematelmintos é completo, com boca e ânus. O alimento penetra pela boca, localizada na extremidade anterior do corpo, e é impulsionado por uma faringe curta e musculosa até o intestino. Este é um tubo fino e reto que termina no ânus. A digestão se inicia na cavidade do intestino, e os alimentos semidigeridos são englobados pelas células da parede intestinal, onde terminam de ser digeridos. A digestão é, portanto, extra e intracelular. O material não digerido é eliminado pelo ânus.

 Sistema excretor: As excreções produzidas pelas células do nematelminto são lançadas no fluido pseudocelômico, de onde são removidas por dois canais excre- tores, localizados um de cada lado do corpo. Na porção anterior do corpo esses tubos se unem, desembocando no poro excretor, por onde as excreções são eliminadas do corpo do verme.

Trocas gasosas: Os nematelmintos, como os platelmintos, não possuem órgãos ou sistemas especializados em realizar trocas gasosas. Gás oxigênio e gás carbônico são, respectivamente, absorvidos e eliminados por difusão, que ocorre por toda a superfície do corpo.

Sistema reprodutor: A maioria dos nematelmintos é dióica. As fêmeas apresentam um par de ovários longos e finos. Cada ovário continua por um fino oviduto, ao qual se segue um útero mais grosso. Os dois úteros desembocam na vagina, que se comunica com o exterior através do poro genital feminino, situado na região ventral Os machos possuem um testículo único longo e fino, ligado a um conduto deferente, que desemboca na vesícula seminal. Esta armazena os espermatozóides produzidos no testículo e se abre na mesma câmara onde desemboca o intestino. A abertura comum ao sistema reprodutor e digestivo recebe o nome de cloaca. Na cloaca, existem duas formações semelhantes a espinhos, as espículas peniais, importantes para manter o macho e a fêmea unidos durante o ato sexual.

Doenças:



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